terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CUIDAR DO BEBÉ

Com o nascimento de minha filha Isabel, adquiri bastante informação em relação a cuidados a ter com um recém - nascido, quer a nível de saúde, quer a nível de alimentação e qualidade de vida face ao seu desenvolvimento.

Ainda durante a gravidez da minha mulher, a necessidade em obter informações para o melhor cuidado da nossa bebé, foi estabelecida com a máxima prioridade.

Assisti a aulas de preparação do parto, versus, cuidados a ter com os bebés, no qual aprendi desde as boas práticas de um banho e higiene diária ao choro símbolo de uma dor de barriga (popularmente conhecido por cólica).

A aprendizagem é constante, e apesar de todos os conhecimentos, todos os dias são diferentes e muitas vezes traduzem-se na insegurança e no medo de não estarmos à altura e não conseguirmos lidar com os problemas (as febres, os choros inexplicáveis).

A delícia de ser pai, passa por isso mesmo pelo prazer e felicidade do Presente e a expectativa do Futuro desconhecido.



Na parte da saúde, a preocupação dos pais é o evitar que os filhos tenham doenças, desta forma, segue-se o Plano Nacional de Vacinação (existente desde 1965).

As vacinas têm uma rigorosa calendarização, e nos 1ºs meses de vida do bebé as visitas ao centro de Saúde são praticamente mensais.






Ao segundo dia a minha filha deu início às primeiras das várias vacinas a tomar, calendarizadas no boletim individual de vacinas.

A enfermeira que estava a fazer o Serviço no piso da maternidade, fez a ronda da vacinação aos vários recém-nascidos que estavam no piso, e administrou duas vacinas, em cada uma das coxas da minha filha. A vacina contra a Tuberculose (BCG) e a primeira dose da Vacina contra a Hepatite B, são administradas nos recém-nascidos, na maioria dos hospitais, ainda antes da alta das mães.

Vacinas do 1º ano de vida



Até aos 2 meses Antituberculose (BCG) e anti hepatite B
Aos 2 meses Pentavalente (tétano, tosse convulsa, difteria,
poliomielite, haemofilus influenzae tipo b)
Antipneumucócica
Aos 3 meses Antimeningite C

Aos 4 meses Pentavalente (tétano, tosse convulsa, difteria,
poliomielite, haemofilus influenzae tipo b)
Antipneumucócica

Aos 5 meses Antimeningite C

Aos 6 meses Pentavalente (tétano, tosse convulsa, difteria,
poliomielite, haemofilus influenzae tipo b)
Anti-hepatite B
Antipneumucócica

Aos 7 meses Antimeningite C



Após a saída do Hospital, ao 6º dia de vida fui pela 1ª vez ao Centro de Saúde de Alhos Vedros fazer a 1ª visita para Consulta da Isabel e, para o Teste do Pezinho ( Rastreio Neonatal do Hipotirodismo e fenilcetonúria). A enfermeira colocou à prova a Isabel nomeadamente: pesou-a, fez uma observação geral da bebé, as suas reacções e reflexos, para verificar que não existe qualquer suspeição de doença. Por fim picou-lhe o calcanhar com uma agulha, e pressionou para o sangue sair para posteriormente ir para análise ( Teste do Pezinho).






Já a saga dos banhos, começou no Hospital, mas ainda sem a minha presença, pois era a minha mulher e a enfermeira que faziam a higiene e davam o banho à Isabel.



Já em casa, o procedimento para o banho exige um método que convém seguir, para que este seja um momento sempre apreciado pelo bebé. Os ingredientes para um bom banho: a água tem que ser tépida (para não errar, uso um termómetro), usamos um sabão líquido neutro, esponja suave, compressas, toalha de algodão, escova de cabelo, creme para assaduras, óleo para o corpo, álcool a 70° para desinfectar o cordão umbilical, as roupas e fralda, alegria e muitos mimos! O local onde se dá o banho deve também estar a uma temperatura ambiente agradável, pois o bebé vai estar despido.

Nas primeiras semanas de vida da Isabel, seguia todos estes procedimentos para o seu banho, de uma forma quase metódica e sequencial:

1º - Coloco toda a roupa e elementos para o banho organizados e distribuídos de forma a serem
utilizados de forma imediata;

2º - Encho a banheira da bebé com água, esta à temperatura de 37° ( segundo o termómetro)

3º- Lavo os olhos com soro fisiológico, com compressas esterilizadas, sempre com um movimento
de fora para dentro, ( para evitar infecções, pois a parte interior do olho, junto ao nariz, é
propensa às mesmas)

4º - Desinfecto o umbigo (ao 6º dia de vida, o umbigo da Isabel caiu) com álcool de 70°, com
movimentos circulares, em redor da base do umbigo, pois é esta junção que pode vir a
infectar, se for bem limpo, em poucos dias o umbigo cai como se fosse uma pele seca e
desidratada, e o umbigo do bebé ganha a aparência que conhecemos;

5º - Em seguida, agarro a bebé, de forma, a que esta apoie a cabeça no meu braço e ao mesmo
tempo agarro-a com a mão em forma de “pinça” para que esteja e se sinta segura, com o
braço direito liberto para dar o seu banho de forma segura e agradável:
6º - Lavar primeiro o corpo, e por fim a cabeça, pois esta foi uma das lições que aprendi nas aulas
de Preparação antes do Parto, a cabeça sendo fonte de calor, ao estar molhada os bebés
perdem calor, assim, o mais indicado é lavar no final, para rapidamente secar e o bebé não
ter frio, nem correr o risco de adoecer;

7º - Retiro-a do banho e seco-a com uma tolha de algodão macia, tendo o cuidado de secá-la em
todos os chamados “refegos” (os bebés regra geral, têm muitas curvinhas) de modo a evitar
as assaduras na pele;

8º - Seguidamente, passo óleo por todo o corpo para hidratar a pele, pois esta é muito sensível e
necessita de muitos cuidados;

9º - Coloco o creme para o “rabinho”, em seguida a fralda com preceito (para não haver azares
e por fim a roupinha, sempre adequada à temperatura ambiente.


Estes passos foram seguidos dia após dia, até que hoje, aos 8 meses da Isabel, a prática do banho diário é espontânea e natural.






Relativamente à alimentação, a minha filha teve o privilégio de ser amamentada com o leite da mãe em exclusivo até aos 5 meses de idade (altura em que a minha mulher regressou ao trabalho).

O leite materno segundo os especialistas é mais adequado porque: contém proteínas que protegem os recém-nascidos de doenças alérgicas que podem ser causadas por outros leites, tem anticorpos que ajudam a melhorar a imunidade do bebé, é de fácil digestão, é mais natural, e é fisiológico. Existem até marcas de leites substitutos que escrevem e afirmam nos rótulos de que o leite que estão a comercializar é semelhante ao materno, mas que o da mãe é melhor!

A Isabel até aos quatro meses, sofreu algumas vezes de cólicas, que eram provocadas pela ingestão de ar durante a amamentação. Eu sentia-me apto e com jeito para as massagens na barriga, de forma, a que ela libertasse os ditos “gases”, este foi também um procedimento aprendido nas aulas de Preparação do Parto. As massagens são feitas com movimentos circulares e com uma pressão, idêntica “ao amassar”, esta é uma prática em que não podemos ter medo de magoar o bebé, pois esta força é controlada e por fim daremos um alívio ao bebé.
A partir dos cinco meses começou a comer as papas e as sopas ……………………………………




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
O GRANDE LIVRO DO BEBÉ – 4ª edição actualizada – autor Mário Cordeiro
OUTROS RECURSOS:
GOOGLE - imagens

1 comentário:

Babete, Avental e...Salto Alto disse...

Que bom que é saber que os pais de hoje são tão informados quanto as mães!
Desejo que a minha prima linda aprenda a andar naturalmente e não com os ensinamentos antigos que o pai dela praticou em mim (puxão para cá, empurrão para lá) :)

Beijinhos