quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

PLANEAMENTO ORÇAMENTAL FAMILIAR

Eu escolhi este tema porque o orçamento familiar não é apenas “anotar as despesas realizadas”.
O orçamento envolve: planeamento, eleger prioridades e controlar as despesas. O orçamento ajuda-me a entender os hábitos de consumo.
Que impostos pago e como utilizo a internet para entregar a Declaração de Rendimentos.
Esta tarefa ajudou-me a compreender que para termos um orçamento equilibrado, temos que baixar as despesas, poupar com simplicidade e eficácia e pensar no futuro.

Hoje em dia sou confrontado com a necessidade de ela­borar um orçamento familiar. A crise económica leva a que eu me or­ganize de outra forma e faça a ges­tão dos meus recursos como sendo uma pequena empresa.
Há cerca de 4 anos quando casei, que eu e a minha mulher introduzimos cri­térios de rigor na gestão dos nossos re­cursos fazendo um orçamento fami­liar.

A principal vantagem deste exercício é estimular a educação financeira da minha família, obrigando-me a planear as despesas, a encarar os recursos com mais rigor e a saber distinguir o que é essencial do que é acessório. É a forma de garantir a estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.
Tudo isto se deve ao actual estado da economia. Com o aumento das taxas de juro: sobe o preço das rendas, com o aumento do preço do petróleo aumenta os preços de primeira necessidade como: energias, combustível e alimentação.

Estas são as doze áreas pelas quais eu tenho que gerir o meu orçamento familiar.
1. Habitação: renda, água, electricidade e gás
2. Acessórios, equipamentos domésticos, manutenção da habitação
3. Saúde
4. Transporte
5. Alimentação
7. Vestuário e calçado
8. Comunicações
9. Lazer, recreação e cultura
10. Hotéis, cafés e restaurantes
11. Outros bens e serviços




Definir os meus objectivos
As minhas prioridades


Quando divido as minhas disponibilidades financeiras, é importante que eu estabeleça prioridades relativamente às minhas despesas. É necessário classificar o indispensável no meu orçamento e identificar as áreas onde posso poupar sempre que for preciso.
É extremamente importante que eu pague todas as minhas contas primeiro e principalmente todos os meses. Outro factor importante prende-se com custos irregulares ou custos regulares menos frequentes. Tenho custos mensais e anuais, tais como seguro de recheio da casa ou impostos.
Tento reservar, todos os meses, um montante fixo para estas despesas. Assim, estarei precavido sempre que receber a factura. Também vale a pena reservar dinheiro para emergências ou surpresas (como por exemplo, dentista), e quem sabe até posso ficar com algum dinheiro extra para o seu objectivo de poupança pessoal.

Os passos que utilizo para fazer o meu orçamento familiar mensal
O meu orçamento é feito com honestidade, exactidão e perseverança. Faço estimativas realistas. Indico com precisão todas as despesas e receitas. Sou paciente para comigo. Para organizar as minhas finanças sem qualquer problema, vou monitorizá-las e controlá-las durante um longo período de tempo.
1. Utilizo um formulário de orçamento. É importante que o meu orçamento se baseie no meu rendimento líquido e o da minha esposa (i.e. deduzido de todas as contribuições para a segurança social e impostos).

2. Faço uma lista das minhas despesas mensais regulares: renda, prestação do crédito habitação, seguros, custos de electricidade, água, etc. Se um pagamento só for devido uma ou duas vezes por ano, determino quanto custa por mês.


3. Adiciono à lista os meus custos diários, alimentação, roupa, transporte, entretenimento, etc.

4. Penso nas despesas extra que posso vir a ter, tais como férias, presentes, reparações ou compras de grande valor. Apesar destas despesas apenas surgirem esporadicamente, é prudente atribuir-lhe um determinado valor todos os meses.


5. Calculo o meu rendimento e as minhas despesas. Se o montante que gasto excede o montante que ganho, poderei ter de pedir conselhos de orçamento ou efectuar cortes em bens secundários, vestuário e diversão.

6. Analiso o meu orçamento todos os meses e ajusto-o ao meu rendimento ou as minhas despesas têm de se alterarem.

7. A habitação é a parte do orçamento doméstico que tem maior participação na despesa total, a seguir vem os produtos alimentares e em terceiro na ordem da grandeza surge os transportes na despesa do agregado familiar.

Para baixar as despesas
Despesas com alimentação

Procuro as promoções e ofertas especiais e, sempre que possível, compro embalagens familiares.
Opto pelos produtos de marca branca dos supermercados, que são habitualmente mais baratos do que os artigos de marca.
Compro frutas e legumes da época.
Evito comprar refeições já feitas, pré-cozinhadas ou prontas a comer.
Utilizo a lista de compras e faço as compras “de barriga cheia”. Assim, terei menos tendência para comprar artigos extra.
Outros conselhos para se poder poupar

*Certifico-me de que os produtos estão intactos e em boas condições. *Também posso poupar muito durante os saldos, que acontecem duas vezes ao longo do ano, dependendo do tipo de produto.

*Se estou a fazer uma compra de elevado valor, não hesito em pedir um desconto. Por outro lado, por vezes vale a pena comprar artigos de exposição que se encontram nas montras ou nos expositores, em vez de os comprar nas suas caixas.

*Só compro carros em segunda mão. A experiência que tenho de outras viaturas, tem mostrado que o valor do carro decresce mais acentuadamente no primeiro ano. Eu inspecciono o carro cuidadosamente antes de celebrar o contrato. Quando compro um carro usado solicito uma peritagem à viatura e solicito a verificação da mesma por um especialista em mecânica meu amigo, para não ser enganado.

*Presto sempre atenção ao aquecimento e à electricidade da minha casa. Por exemplo, apago as luzes desnecessárias e desligo os aparelhos eléctricos. Evito deixá-los em modo stand-by e não ligo o aquecimento no máximo para que aqueça mais depressa.
*Eu todos os meses tento reservar algum dinheiro para os presentes de Natal, para não me preocupar com as suas despesas durante essa época.
Eu para satisfazer os meus maiores desejos tenho que poupar. Deixa-me satisfeito perceber que posso pagar tudo com o meu próprio dinheiro. Significa que tenho um pé-de-meia para os piores dias.
Poupar faz sempre sentido – seja para compras especiais, reparações, férias ou emergências. Se todos os meses reservar um pouco de dinheiro, posso render-me a um prazer sempre que quiser. Também posso ajudar a minha família e amigos quando se encontram numa situação difícil.

Tento poupar com simplicidade e eficácia

Verifico que é fácil poupar se separar as minhas poupanças das suas despesas diárias. A melhor coisa que fiz foi abrir uma segunda conta para depositar as poupanças para os seus objectivos. Os bancos oferecem diferentes tipos de contas poupança, que permitem que o meu dinheiro cresça mais rapidamente.
Claro que as taxas de juro podem variar. Mantenho-me atento a esse desenvolvimento. Se ocorrer uma queda abrupta das taxas de juro, pode-me valer a pena escolher uma conta diferente ou trocar de banco. Tenho ainda em consideração as despesas que os bancos cobram pela manutenção da conta.

Penso no meu futuro

Muitas pessoas gostam de viver para o momento. Contudo, vale a pena pensar no seu futuro a nível financeiro. Eu gosto de viver para o momento e nunca deixar de pensar no futuro.
No futuro, posso desejar trocar de casa ou comprar uma casa de férias, manter o seu nível de vida depois de me reformar ou dar a oportunidade aos meus filhos de receberem uma boa educação. Todos esses planos implicam poupar e poupar para o futuro demora tempo. Portanto, tenho que começar cedo. Deverei também procurar os métodos correctos de poupança para que o meu dinheiro cresça adequadamente.
Existe disponível uma vasta gama de produtos de poupança. Nesta secção posso ter uma ideia dos tipos de poupanças e de investimentos. Para conhecer melhor os produtos, tenho que comparar a documentação publicada pelos vários bancos ou seguradoras e pedir conselhos junto de especialistas financeiros.
Várias são as vantagens de se investir em fundos. Além de contar com uma infinidade de alternativas disponíveis no mercado, os fundos se tornaram ao longo do tempo, um excelente instrumento para se investir em diferentes tipos de activos, pois pode permitir-me que, tenha acesso aos mais diferentes mercados.
Aqui estão alguns motivos que me ajudarão a decidir pelos fundos de investimento:

*Porque é seguro.
*Porque é rentável.
*Porque é mais conveniente na hora de investir.
*Porque permite acesso a diversos activos, mesmo com pouco dinheiro
para investir.
*Porque permite maior diversificação.
*Porque tem liquidez diária.
*Porque os custos são baixos.
*Porque é transparente.
*Porque é importante para a nossa economia.

Os meios que utilizo para efectuar os meus pagamentos

*Cheque ou cartão de débito - é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, ele será descontado imediatamente.
*Cheque pré-datado - que é um acordo informal entre fornecedor e eu. Se for utilizá-lo como forma de pagamento, faço constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os números dos cheques e as datas previstas para os descontos. Esta é minha única garantia no caso o fornecedor venha a depositá-lo antes do combinado.
*Cartão de crédito ou parcelado no cartão - o controle das despesas realizadas com cartão exige cuidados. Verifico a conveniência de ter mais de um cartão, não me esquecendo de incluir no meu orçamento, as anuidades do (s) cartão (ões). Pago a factura integralmente na data do vencimento. Além da multa de até 2% por atraso no pagamento, os juros cobrados no parcelamento do saldo devedor são muito altos. Em situação de não pagamento, o meu cartão poderá ser cancelado.
*Dinheiro.

Impostos

Eu também pago impostos, utilizo o IRS para declarar os meus rendimentos.
A entrega de declarações de impostos está mais facilitada para nós cidadãos e empresas. Hoje, as longas filas nas repartições de finanças podem ser já uma memória do passado.
A Direcção-Geral de Impostos (DGCI) proporcionou-nos, através do site das Declarações Electrónicas, a possibilidade de preencher e enviar as nossas declarações de impostos. Até à data, a DGCI faculta a entrega e consulta das declarações de IRS, IRC, IVA, Património, Declaração Anual, Obrigações Acessórias, Retenções de IRS/IRC e Selo, Imposto Municipal de Veículos e informação referente a contribuintes não residentes.
Para recorrer a estes serviços, tive de pedir uma senha de acesso. Para o efeito, a DGCI disponibilizou-me um formulário simples, com campos de preenchimento obrigatório (ex: número de contribuinte, e-mail, número de telefone e morada). Depois, no prazo de dois dias úteis, foi-me enviada por correio postal a Senha de Identificação.
Ao aceder de novo aos serviços das declarações electrónicas, tive de introduzir para efeitos de identificação o meu número de contribuinte e a senha que me foi enviada. A partir deste momento fiquei apto a realizar a entrega ou consulta de qualquer uma das suas declarações de impostos.
Ao submeter a declaração, surgiu-me um quadro em que pude visualizar os seguintes dados: Número de Identificação Fiscal, Ano ou Exercício, Identificação da Declaração e a data e hora de recepção do formulário. Este quadro teve ser impresso para posteriores contactos com a Administração Fiscal.

O Comprovativo Legal da entrega das declarações de IRS e Declaração Anual através da Internet é constituído por dois documentos:

*Impressão do documento correspondente à declaração entregue, através da opção Serviços Online / Comprovativos / modelo da declaração pretendido (IRS, IRC, IMI ou Declaração Anual);
*Uma carta foi-me enviada por correio com a identificação atribuída à declaração entregue, onde está mencionado o comprovativo de entrega via Internet.
O modelo que preenchi foi o 3, anexo A/H que é do trabalho dependente e pensões e o anexo G que é das mais-valias e outros incrementos patrimoniais.
Também pago imposto sobre a circulação automóvel, mas esse pagamento é efectuado directamente nas finanças.

CONCLUSÃO

O estado tem que ter um papel de educador e regulador, que deve de exercer. A educação financeira é fundamental para que nós tenhamos a capacidade de decidir sobre os níveis de endividamento.
As pessoas têm que ajustar os seus gastos ao orçamento, identificar o que é essencial ou não para precaverem o futuro.

1 comentário:

Babete, Avental e...Salto Alto disse...

Muito bem priminho, gostei mto deste tópico!

É muito importante ter-mos a consciencia do que podemos e o que não podemos alcaçar e sermos felizes com isso!

Sei bem o que é fazer o orçamento familiar mensalmente! Também temos o nosso e a nossa filosifia é igualmente viver o presente pensando sempre no futuro.

Beijinhos